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Sábado, Dezembro 14, 2024

Marítimo diz que não está a cortar relações mas a exercer os seus direitos

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O Marítimo, que vai disputar a II Liga de futebol, afirmou hoje que não está a cortar relações institucionais com a Liga, nem com nenhum clube, mas sim a “exercer os seus direitos na prossecução da verdade desportiva”.

“A Marítimo da Madeira Futebol SAD limita-se a exercer os seus direitos junto do TAD [Tribunal Arbitral do Desporto] na prossecução da verdade desportiva”, escreveram os madeirenses no seu sítio oficial, dando conta que “não cortam relações institucionais com nenhum clube ou sociedade desportiva no exercício dos seus direitos, e, muito menos, com a Liga Portuguesa Futebol Profissional (LPFP)”.

Os ‘verde rubros’ avançaram com duas providências cautelares junto do Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) contra a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), a primeira, na semana transata, devido ao licenciamento do Estrela da Amadora e, no início da presente pelo licenciamento do Boavista, ambos nas competições profissionais.

Na mesma nota os ‘leões’ do Almirante Reis garantem estar “apenas a exercer os seus direitos junto do TAD porque os procedimentos adotados pela LPFP na consulta dos processos de licenciamento, mesmo de boa-fé e sem intenção malévola, na prática vêm impedindo o acesso a documentos e informação e, por inerência, aos meios jurisdicionais previstos na lei e regulamentos para se defender”.

O Boavista, através de um comunicado, deu a conhecer esta segunda-feira que vai avançar com uma queixa-crime contra o Marítimo, “tendo em conta os falsos e caluniosos fundamentos apontados” ao seu emblema.

“Analisando os argumentos que constam naquela providência, e tendo em conta os falsos e caluniosos fundamentos apontados, a Boavista FC, Futebol SAD comunica que vai agir judicialmente contra a Marítimo da Madeira, Futebol SAD, através de uma queixa-crime”, anunciaram os ‘axadrezados’, cortando ainda, “com efeitos imediatos, todas as relações institucionais com os atuais corpos gerentes” da administração presidida por Rui Fontes.

No primeiro caso, os insulares defendem que o capital social do Estrela da Amadora, formação que derrotou os madeirenses no play-off de acesso à I Liga e os relegou para o segundo escalão, não cumpre os requisitos do regime jurídico das sociedades desportivas.

Com estas ações, o emblema madeirense procura impedir a presença do Estrela da Amadora e, agora, do Boavista na I Liga, mesmo depois de os dois emblemas terem sido licenciados pela LPFP.

O primeiro jogo oficial previsto do Boavista é no reduto da União de Leiria, no dia 24 de julho, enquanto o do Estrela da Amadora será em casa do Portimonense, um dia antes, ambos para a primeira fase da Taça da Liga.

O Marítimo tem o ‘pontapé de saída’ marcado para 22 de julho em Vizela, a contar para a mesma fase da competição.

O novo regime jurídico das sociedades desportivas foi aprovado pelo governo em janeiro e, mais recentemente, em junho, pela Assembleia da República.

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