Viterbo: «Não sei quem está mais pressionado neste dérbi»

Foto: Hélder Santos

O União continua a preparar a visita à Choupana, onde sábado, às 16 horas, irá disputar um dérbi madeirense, contra o Nacional. Em termos de 2.ª Liga as equipas não se defrontam desde 1998, altura em que os alvinegros venceram o rival por 3-0. Essa derrota custou mesmo o despedimento do técnico unionista na altura, o bem conhecido Jorge Jesus. Quase 20 anos depois, os dois emblemas voltam a medir forças na ‘segundona’, pois no escalão principal os dois clubes defrontaram-se na temporada de 2015/16, com os nacionalistas a triunfarem no seu reduto por 1-0, mas perderam na Ribeira Brava por 3-0.

José Viterbo trabalhou esta quinta-feira no relvado da DRJD, na Camacha, à porta fechada, contando com alguns elementos da equipa B, pois o plantel está reduzido face às lesões que vêm afetando o grupo. No lançamento da partida, o técnico foi direto ao dérbi: “Um dérbi é sempre um dérbi. Preparámos este jogo como preparamos os outros, sabendo que vamos defrontar um bom adversário, bem orientado, sendo uma equipa com dinâmica e que tem feito um campeonato bastante interessante. Mas preparámos o jogo de forma a poder ganhar”.

Quanto a pressões e no que toca ao peso da rivalidade: “Não sei quem está mais pressionado. O União tem a pressão dos pontos, mas jogando sempre para ganhar e de forma séria. O Nacional deverá ter a iniciativa do jogo, dar largura ao seu futebol, pois é o que gosta de fazer, provilegiando a posse da bola e jogando também em profundidade. É um adversário com bons argumentos. Mas a forma como trabalhámos, e com os argumentos que também temos, podemos chegar à Choupana e discutir a vitória. Se calhar o Nacional poderá ter mais bola, pontualmente, durante os 90 minutos, mas também poderemos ser superiores em alguns momentos do jogo. Há condições para ser uma boa partida, com incerteza no resultado, e aquilo que desejamos é conquistar os três pontos”.

No último domingo, os azuis e amarelos afastaram o Freamunde da Taça de Portugal, regressando aos triunfos, após 3 derrotas na 2ª Liga. “É muito melhor trabalhar depois de uma vitória do que após uma derrota. É assim em todo o lado e nós não fugimos a essa regra. Agora, vamos ter uma competição diferente, um adversário que não é igual. Temos de ter os pés bem assentes no chão, pois não é por termos passado aos oitavos-de-final que isso terá influência no campeonato, onde estamos focados, sabendo que o Nacional é o próximo adversário. Vamos à Choupana fazer um bom jogo, acredito nisso, a equipa tem mais confiança, trabalhou muito bem durante a semana. Obviamente que durante os 90 minutos há várias ‘nuances’ que nós treinadores não conseguimos controlar”, disse.

Defesa Sylla está em dúvida

Contando já com Betinho a trabalhar com a equipa, mas ainda não tendo ritmo para poder ajudar neste confronto, Viterbo também não sabe se o defesa senegalês Sylla estará disponível, numa altura em que de fora continuam Danilo Dias, Laércio, Malfleury e Mica. “Não sei se o Sylla vai estar apto. Já treinou e amanhã [sábado] vou desfazer essa dúvida. O Betinho está num processo final de recuperação”, afirmou o líder dos madeirenses. Depois falou no reforço conseguido, o central Rafael Donato, que já está na Madeira e amanhã vai trabalhar pela primeira vez com os seus novos companheiros: “Todos os jogadores que possam ser uma mais-valia, são bem vindos, como é evidente. Temos de ter critério na escolha de jogadores que trazemos. É um assunto que teremos de tratar mais para a frente”.

O treinador desvalorizou o facto de ser importante o União ir ao mercado e contratar atletas experientes: “Conheço jogadores com idade que são mais experientes mas também há jogadores mais jovens que podem ser importantes. O critério de escolha não é a idade mas sim a competência para a competição”.

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