Ricardo Gouveia e Maria João Abreu venceram esta manhã o Trail longo da Ribeira Brava composto por 21km. Já o Mini Trail, de 11,5 km, foi ganho por Sónia Quelhas e Nelson Afonso.
A prova disputada na freguesia da Serra de Água, sob a organização do Clube Aventura da Madeira, em parceria com a Câmara Municipal da Ribeira Brava, marcou o regresso da modalidade de trail-running às competições regionais, depois da paragem imposta pela pandemia da Covid-19.
O presidente do Clube Aventura da Madeira mostrou-se satisfeito com a prova que juntou 227 atletas federados e realçou o comportamento exemplar de todos os participantes antes, durante e depois da prova.
António Ferro acredita que esta prova trará retorno para a freguesia, já que muitos atletas passavam de carro sem saber da existência de caminhos, trilhos e passeios disponíveis para a prática desta modalidade.
“Muitos atletas descobriram aqui, no centro da Serra de Água, um percurso circular onde podem vir treinar todo o ano”, salientou o organizador, considerando que esta prova “tem todas as condições para crescer”, pelo facto de “reunir as infraestruturas necessárias” e oferecer “uma natureza deslumbrante”.
O mesmo entendimento tem Ricardo Nascimento. O presidente da Câmara da Ribeira Brava defende que o concelho reúne “condições espetaculares” para acolher grandes provas desportivas.
“Ainda não foi possível organizar, mas não significa que não iremos fazer”, acrescentou o edil, referindo que a Serra de Água, assim como outras zonas do concelho, permite condições únicas para este tipo de prova e caminhadas junto da natureza.
O autarca recordou que esta parceria tem trazido outros reflexos para a pequena economia, pois “além da prova desportiva, dá algum movimento e dinamismo ao comércio local”.
Atletas felizes com regresso da modalidade
Nélia Nascimento, participante do mini trail, aplaude o evento realizado na Serra de Água. “Depois de quase um ano e meio parada, foi muito bom retomar a competição. O percurso foi bem sinalizado, a prova foi bonita e fomos a sítios que normalmente não conhecemos e não dá para ir de carro. Foi um percurso excelente”, referiu a atleta, lamentando apenas ausência de ritmo devido à falta de treino.
Carlos Pereira inscreveu-se no trail longo, de 21 km, e sentiu a dificuldade da prova logo no início, devido ao desnível acentuado. Mesmo assim, considera que é uma prova apelativa em termos de beleza paisagística. “Com a pandemia, ansiávamos pelo regresso da competição e hoje pudemos competir com atletas de grande elite madeirense”, destacou.