Petit, treinador do Marítimo, referiu, depois da partida frente ao Feirense, que este “foi um jogo difícil”.
“Sabíamos que ia ser, porque o Feirense está numa fase complicada e tinha aqui um jogo decisivo para eles. Depois, a nossa entrada não foi a que queríamos. O Feirense teve uma grande penalidade, o que deu alguma intranquilidade à equipa.
Tentámos mudar, com o Getterson na direita e o Correa a jogar atrás do Joel, e a equipa conseguiu ter mais bola e criar oportunidades. Acabámos por fazer dois golos na primeira parte. Na segunda, tivemos o controlo do jogo, sabendo que o Feirense tinha de arriscar.
Depois das expulsões dos jogadores do Feirense, soubemos gerir bem o jogo e o resultado. Foi mais importante os três pontos do que a exibição. Nesta fase, o mais importante é conseguir sair da barreira dos 30 pontos, e estamos mais perto do nosso objetivo. Ando há três ou quatro épocas nesta fase e sei que não é fácil jogar contra equipas que estão à procura de pontos.
Cada semana tem a sua estratégia para cada jogo. Vamos apanhar uma equipa difícil, o Benfica, e já no jogo com o FC Porto, no Dragão, poupámos alguns jogadores que estavam com quatro amarelos e em risco de não defrontarem o Nacional. Por isso, optámos por esses jogadores (Edgar Costa e Joel) levarem o quinto amarelo e estarem disponíveis para os quatro jogos finais”.
Já o treinador do Feirense, Filipe Martins, revelou sentir uma “enorme frustração”.
“Eu vejo como este grupo se entrega ao trabalho durante a semana e, depois, por uma razão ou por outra, chegamos ao fim de semana e as derrotas continuam a aparecer, sempre da forma mais cruel. A partir do jogo contra o FC Porto, podíamos ter pontuado em todos os jogos que efetuámos.
[A partir daqui] vai ser tão difícil como foi até agora. As semanas custam a passar cada vez mais para tentarmos chegar ao jogo e tentarmos a tão desejada vitória. O que é certo é que as semanas parecem cada vez mais longas. Ninguém pode apontar alguma coisa a esta equipa e, hoje, mesmo reduzidos a nove [jogadores], tentou dar tudo pelo clube que representa.
O espetro da descida está cada vez mais próximo. Temos cinco jogos pela frente e temos de trabalhar até ao último segundo para dignificar ao máximo o clube.
Não falo [da arbitragem]. Nunca falei e não é agora que vou mudar a minha postura. Acho que há coisas que não são só da responsabilidade do árbitro e deviam ser alvo de análise por parte de quem dirige o futebol português. Todos os agentes do futebol têm de estar atentos”.