Sem tempo para descansar, mas com tempo para refletir e esquecer um desaire que é considerado como injusto, mas que penaliza a falta de eficácia. Foi assim que o plantel do União da Madeira analisou a derrota sofrida em Barcelos e preparando já a receção ao Sporting B, um conjunto leonino com grande qualidade.
“Foi uma derrota difícil de aceitar pela forma como aconteceu. Foi um jogo onde nós temos que nos culpabilizar a nós próprias face às muitas oportunidades de golo e que não marcámos. Na segunda parte, no único remate que o Gil Vicente fez à nossa baliza, num livre direto, acaba por marcar. Uma derrota extremamente injusta. O futebol tem destas coisas, mas já passou e disse logo isso aos jogadores em Barcelos. Não fomos eficazes e temos de perceber isso. Queremos já no domingo voltar às vitórias”, disse Paulo Alves, treinador dos madeirenses, reavivando o primeiro desaire sofrido na temporada. E falou ainda sobre a derrota: “Perder nunca é bom e ninguém gosta, mas não abalou de forma alguma a nossa confiança. Todos percebemos que foi um jogo claramente para ganhar, faltando-nos eficácia. Acredito que se fizermos muitos jogos como o que fizemos em Barcelos, vamos ganhar mais do que aqueles que vamos perder”.
Leões irreverentes e com qualidade
Domingo, às 16 horas, na Ribeira Brava, os azuis e amarelos querem voltar aos triunfos, mesmo sabendo que os jovens leões não serão “pera doce”. “A segunda Liga é um campeonato que conheço bem e isto acontece muitas vezes, como se calhar vai haver jogos em que não merecemos tanto vencer e acabamos por ganhar. Temos tido um bom fator casa e queremos continuar com esse espirito vitorioso, perante os nossos adeptos que nos têm apoiado e muito. Sabemos que o adversário tem qualidade técnica, jovem e irreverente, mas queremos vencer”, disse o treinador unionista. Depois, admitiu que a partida tem características diferentes: “As equipas B dos grandes, são clubes formadores e de grande qualidade, pois estão à porta e uma Liga dos Campeões, pois em qualquer altura isso pode acontecer, surgindo a jogar na equipa principal, como já aconteceu. Há qualidade e irreverência, com juventude e que leva a uma recuperação mais rápida. Mas claro que se formos uma equipa organizada e pressionante, querendo mandar no jogo, poderemos ter vantagem e vencer. A ambição da nossa parte tem de ser inexcedível. Vamos voltar às vitórias”.
Por último, Paulo Alves explicou o porquê de algumas alterações que fez no onze, perante os gilistas: “Mexi na equipa, primeiro por alguma gestão de cansaço e depois porque os jogadores que vem chegando vão dando provas e demonstrando qualidade. O grupo percebe isso e também não mexemos tanto como isso e a equipa não se ressentiu. O importante é que todos estejam entrosados em prol de um coletivo. Contamos com todos os jogadores e todos podem ser opção”.