O Nacional não vai recorrer do castigo de um jogo à porta fechada decretado pelo Conselho Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol. Apesar de discordar da decisão e do trabalho da Comissão de Instrutores da Liga, os alvinegros entendem que os custos do acesso à justiça desportiva apenas estão ao alcance dos “clubes ricos”.
Os alvinegros foram castigados por incumprimento das normas obrigatórias de combate à covid-19, mais especificamente no que diz respeito ao acesso de espectadores ao Estádio da Madeira, no jogo com Estoril, realizado no dia 25 de julho de 2021, a contar para a Taça da Liga. Além do jogo de castigo, o Nacional foi ainda multado em 2.680 euros.
“O entendimento da Liga foi ao contrário do que dispunha a Resolução do Governo Regional relativamente ao controlo de acesso ao espectáculo desportivo, à qual o Nacional entendeu estar subordinado”, explicou Rui Alves, observando que a Comissão de Instrutores concluiu que, “tratando-se de uma competição nacional, as regras teriam de ser as da Autoridade de Saúde Nacional”.
“Os clubes para terem acesso à justiça têm que gastar muito dinheiro. Portanto, está praticamente reservada para os clubes ricos [acesso ao Tribunal Arbitral do Desporto]”, disse, justificando a decisão de não recorrer.