O jornal espanhol El Confidencial revelou os números que sustentam a acusação de fraude fiscal que envolve o jogador madeirense.
De acordo com as informações publicadas, o internacional português benficiou da Lei Beckham para pagar pouco mais de 4% de impostos relativos aos benefícios obtidos a partir da exploração dos direitos de imagem entre 2011 e 2014.
Ronaldo terá arrecadado um total de 138 milhões, graças a contratos com marcas como a Nike, a Coca-Cola ou a Emirates, pagando, no entanto, apenas 5,7 milhões de euros em impostos, ou seja, pouco mais de 4% do valor encaixado.
A chamada ‘Lei Beckham’ foi implementada pelo Estado espanhol, aquando da chegada do antigo jogador britânico ao Real Madrid, em 2003, tendo como objetivo atrair algumas das principais estrelas do futebol mundial.
A lei permitiu, não só que os jogadores de elite fossem tributados a apenas 24% – aumentou para 24,75% em 2012 – um valor muito inferior ao normal, mas também que apenas tivessem de pagar impostos pelos rendimentos obtidos em solo espanhol.
Segundo o El COnfidencial, apesar de ter faturado 138 milhões de euros entre 2011 e 2014, Cristiano Ronaldo declarou que, desses, apenas 22,73% tiveram origem em Espanha.
Nesse contexto, a publicação dá como exemplo um anúncio para a Toyota, gravado em Espanha, mas apenas emitido no Japão. A defesa do português entende que o valor pago não seria tributável em Espanha por essa mesma razão, mas a acusação, entende o contrário.