Carlos Pereira, presidente e recandidato à liderança do Marítimo, reiterou, hoje, a necessidade de garantir a estabilidade financeira do clube.
Em entrevista na rádio 88.8 JMFM, o atual líder dos verde-rubros realçou que era da sua vontade que existisse maior estabilidade competitiva, mas lembrou que não “tem uma varinha mágica”.
“Esse fervor todo é algo que gostássemos que acontecesse. Mas se quiséssemos ter um ano de glória entrava em fundos de investimentos, vendia a alma maritimista… Se não pagar, não vender e quiser ter o ano de glória vou ter uma vida difícil para a frente. É necessário conseguir a responsabilidade financeira, é preciso ter meios próprios. Não precisamos de recorrer a fundos”, respondeu a João Canada, acrescentando que, apesar da equipa não ter “as melhores classificações, também não tem as piores”.
“Temos de viver com o que temos e não devemos vender a alma maritimista a ninguém”, defendeu, reiterando que este é um ponto de honra.
“Os maritimistas sabem a dificuldade que foi ter 92% do capital. Agora o Marítimo vai retalhar o capital social?”, continuou.
Carlos Pereira mais apontou que, atualmente, o clube tem 57 milhões de euros de capitais próprios, a que se acrescenta ainda o seu passivo de 38 milhões de euros. “Isto cria inveja de qualquer instituição”, considerou.
Já confrontado com a prestação de serviços de algumas das suas empresas ao Marítimo, o candidato lembrou que o clube “não tinha quem lhe fiasse um euro”, garantindo que essas acusações não lhe incomodam “absolutamente nada”.
“Sou empresário muito antes do Marítimo. A minha vida empresarial começou em 1976. Não preciso do Marítimo para ter palco”, disse, atirando: “Quando o Marítimo precisou de mudar o campo para o Estádio da Imaculada Conceição, veja quais foram os camiões, quem prestou e não pagou”.