Carlos Pereira: «Quando falta força cresce a língua»

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O presidente do Marítimo não aceita que o Aves tenha utilizado o estado do relvado dos Barreiros como justificação para a derrota no sábado e para as lesões de Gauld e Defendi.

“Não é o relvado que vai refletir a má classificação do Aves, face ao seu orçamento. Em segundo lugar, o peso da responsabilidade é proporcional ao peso dos jogadores, que têm de trabalhar um pouco mais. Antes do jogo tudo estava bem, quando se perde tudo está mal. Vou-me repetir: quem perde é que reclama”, salienta Carlos Pereira, pormenorizando: “O nosso relvado não está nas melhores condições, mas não está impraticável. Temos visto campos tão maus ou piores. Também sei que as lesões nada têm a ver com o relvado, mas talvez com o estado em que os jogadores se encontram fisicamente, pelo que convém refletirem internamente, para não arranjarem depois desculpas”.

Carlos Pereira assegura que tudo está a ser feito para voltar à normalidade. “Não conseguimos combater as pragas de um momento para o outro. E os nossos jogadores também jogam. Mas não pode vir dizer-se que estão mais adaptados ao relvado, pois nem temos treinado lá. Há um velho ditado: quando falta a força, cresce a língua”, assinala.

O próximo a visitar o “caldeirão” é o Benfica, mas o dirigente está tranquilo quanto a pressões. “Posso temer outras coisas, mas essas não. Tenho mais dificuldade em pensar que outras pressões e outras contratações aconteçam. Mas se perder é mais um que vai reclamar, com certeza”, diz.

Liga atenta

Segundo Record apurou, a Liga tem na sua mão dois relatórios, da RED e da sua equipa técnica, que são unânimes: o relvado não está a cem por cento, mas também não está impraticável. Os relatórios dos árbitros dos dois últimos encontros referem o mesmo. Perante isto, a Liga – que tem conhecimento dos tratamentos feitos – está de mãos atadas.

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