O presidente do Marítimo, Carlos Pereira, alertou que a questão do dinheiro não deve ser a razão de arriscar o regresso se vão colocar em risco a saúde de todos aqueles que são necessários para a realização de um jogo ou de um simples treino.
«Se eventualmente se reiniciar o campeonato, o que receio muito, apesar de todos o querermos, não é pelo dinheiro que o devemos fazer regressar. Devemos voltar ao campeonato, se tivermos condições de saúde. Após este estado de emergência já estamos a preparar os treinos. Vamos aguardar as indicações das autoridades de saúde. Eles é que são o barómetro e eles é que vão comandar a nossa vida desportiva em termos futuros», afirmou Carlos Pereira, em declarações à Rádio Renascença.
O dirigente criticou aqueles que regressaram aos treinos e o perigos que acarretam.
«Interpretaram à sua maneira, da forma que quiseram, se calhar até para chamar à atenção para este inimigo invisível. Mas eu vou respeitar muito este inimigo invisível, porque a minha saúde e a dos outros vale muito mais que um ou dois meses de trabalho. E até pelos profissionais de saúde que merecem o nosso aplauso, devíamos respeitar. Nunca é um treino individual, há muitas pessoas envolvidas, como o roupeiro, o pessoal da limpeza, o treinador, o adjunto, a curiosidade dos diretores. Seria melhor dar tempo ao tempo, porque quando regressássemos, regressávamos todos e quase em segurança».
O dirigente alerta para a questão da segurança e a distância entre as pessoas.
Não (há garantia de segurança)! Não há essa distância, há sempre a tendência da proximidade e é muito perigoso fazermos essa antecipação.»